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Hotel em Berlim: Motel One Alexanderplatz

Quando estive em Berlim, em maio deste ano, fiquei no Motel One Alexanderplatz, na Dircksenstrasse, 36.

Fiquei muito satisfeita com a escolha: o hotel ofereceu tudo o que eu precisava durante os dias que passei na cidade e, quando voltar lá, com certeza considerarei repetir a hospedagem!

Acomodações: fiquei em quarto single (cama queen size). O quarto e o banheiro são pequenos, mas muito bem resolvidos. A cama e os travesseiros são novíssimos e muito confortáveis. Mas não espere “supérfluos”, como um frigobar.

Viajando sozinha, o espaço foi mais que suficiente, mas, para duas pessoas, pode começar a ficar apertado (para mim, continuaria sendo suficiente, mas há quem possa se incomodar…).

 

O meu quarto tinha janela para a rua e mesmo assim o barulho não me incomodou (nem mesmo o da linha de trem que passava do outro lado da rua). Se você for especialmente sensível a barulho, peça um quarto de fundos para garantir.

Localização: perfeita! O hotel fica a uma quadra da parada do ônibus do aeroporto Tegel e das linhas 100 e 200 (ótimas para fazer um city tour por Berlim, como contei aqui) e a cinco minutos de caminhada das estações de trem (S-Bahn) e metrô (U-Bahn) Alexanderplatz, que têm ótimas conexões. Com essas opções de transporte, fica facílimo chegar a qualquer lugar de Berlim rapidinho. Esta aí era a vista da minha janela (a Torre de TV, cartão postal de Berlim!):

À noite, as opções para jantar perto do hotel são muitas. As ruas vizinhas são cheias de restaurantes e cafés charmosos e, em Hackescher Markt, a parada de trem seguinte à Alexanderplatz (dez minutos caminhando a partir do hotel), há vários barzinhos e cafés.

Preço e serviços: paguei a diária mais barata, de 69,00 euros, sem café da manhã.

Como gostei do café deles, (máquinas de café expresso, capuccino e chocolate quente à disposição, iogurtes, pães,  alguns frios – poucos, é verdade – e salada de frutas), acabei pagando quase todos os dias (7,50 euros por dia), pois assim ganhava uma senha para usar a internet no quarto.

Eles oferecem internet wi-fi gratuita apenas no lobby.

A recepção funciona 24 horas e, no lobby, tem um café/bar bem interessante.

O pessoal do hotel foi sempre muito simpático e disposto a ajudar, apesar do meu inglês macarrônico… 😉

A rede Motel One tem vários hotéis em Berlim e em outros destinos na Alemanha.

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Berlim: do oriente ao ocidente no ônibus da linha 100

A dica eu peguei em um dos posts do Viaje na Viagem sobre Berlim: a linha de ônibus nº 100 é perfeita pra fazer um city tour pelos principais pontos turísticos da cidade. É pura verdade. Essa linha cruza a cidade de leste a oeste (ou o contrário, se preferir), da Alexanderplatz ao Zoológico, e é um jeito ótimo para se localizar e “entender” Berlim. Pena que eu só segui a dica no penúltimo dia de viagem, porque acabei concluindo que esse é o melhor jeito de começar uma visita à cidade.

Mas, vamos à rota (os nomes em negrito são as identificações de cada parada). 

O passeio começa na esquina da Karl-Liebknecht-Strasse com a Dircksenstrasse, pertinho da Alexanderplatz, a praça que era um símbolo da ex-Berlim Oriental. Do outro lado da praça começa a Karl-Marx Alee, uma avenida enoooorme, cheia de predinhos idênticos uns aos outros, tudo como era nos tempos do Muro. É curioso ir lá ver como era a cara da arquitetura socialista, mas é tudo tão parado e igual que cansa logo… Enfim, hoje, os arredores da Alexanderplatz foram tomados por lojas e mais lojas. Por ali ainda está a Torre de TV, que representava todo o avanço tecnológico de Berlim Oriental e hoje é um mirante muito visitado (passeio que deixei pra próxima vez…). 

Fiquei hospedada ali perto e as estações de metrô e trem da Alexanderplatz têm ótimas conexões para toda a cidade, sem contar que o ponto do ônibus que vai para o aeroporto ficava a uma quadra do hotel, no mesmo local onde para o da linha 100. 

A segunda parada é a Spandauer strasse, mas nem vale a pena tomar o ônibus para descer nela, porque é muito perto da anterior, já na praça por trás da Torre de TV. Só vale se bater uma preguiça… Aqui, dá para visitar a Berliner Rathaus (Prefeitura), com a linda fonte de Netuno em frente, e a Marienkirche, uma igreja medieval que está sendo restaurada atualmente. 

A próxima parada é a Lustgarten, na Museumsinsel, a Ilha dos Museus. É difícil escolher um só e ao fazer esse roteirinho do ônibus, é melhor só dar uma passeada por fora. Eu fui ao Pergamon (maravilhoso!) e entrei também na Neue Galerie, mas a visita foi rapidinha. Visitei também a Berliner Dom, a Catedral de Berlim, que é maravilhosa e tem uma vista linda lá do domo. 

A Staatsoper, próxima parada, é ópera de Berlim. Aqui, o ônibus já está percorrendo a Unter den Linden, avenida que é comparada à Champs Elisée de Paris. Essa região é linda, vale a pena descer do ônibus e seguir caminhando um pouco até a Bebelplatz e a Gendarmenmarkt, uma praça rodeada por prédios históricos. Aliás, esse é o lugar ideal para uma parada em um dos cafés/restaurantes com mesinhas na rua. Depois, já dá para pegar o ônibus na parada seguinte, a Friedrichstrasse

Brandenburg Tor é a parada seguinte. O Portão de Brandemburgo é um dos monumentos mais marcantes de Berlim. A região é tomada pelos turistas e, na Pariser Platz, em frente ao portão, há várias figuras bizarras esperando para serem fotografadas, desde soldados em uniformes de guerra até índios apaches. Um dos hotéis mais finos da cidade, o Adlon, fica bem ali do lado. 

A próxima parada, Bundestag/Reischtag, fica pertinho e por isso é melhor ir a pé. Também só assim dá para achar o melhor ângulo para fotografar a cúpula de vidro de Sir Norman Foster (maravilhosa, por sinal).

Depois de sair do Reischtag, o ônibus 100 corta o Tiergarten, um parque gigante, e dá para escolher qualquer das paradas – Platz der Republik, Haus der Kulturen der Welt e Schloss Belevue – para fazer uma caminhada em meio ao verde. Dentro do parque, há uns prédios residenciais que deixam o lugar com um jeito meio parecido com Brasília (minha opinião!). 

Uma idéia é descer na estação Schloss Belevue para visitar esse palácio e seguir a pé até a parada seguinte, a Grober Stern, onde está a Siegessaule, aquela estátua dourada de um anjo que aparece no filme Asas do Desejo, de Win Wenders (e que estava coberta por andaimes, em limpeza, quando passei por lá…). 

Terminado o passeio pelo Tiergarten, o melhor é pegar o ônibus 100 na próxima parada – Nordische Botschaften/Adenauer-Stiftung – e descansar um pouco, vendo a antiga Berlim Ocidental passar pela janela. Depois de quatro paradas (Lützolplatz, Schilltrasse, Bayreuther Strasse e Breitscheidplatz), chega-se ao ponto final do ônibus 100, o Zoologischer Garten

Aqui, as opções são muitas: dá para ir ao Zoológico, à Kaiser Wilhelm Kirche, uma igreja belíssima que foi destruída na Segunda Guerra e cujas ruínas permanecem em exposição (aliás, para visitar a igreja, é até melhor descer uma parada antes, na Breitscheidplatz), ou então simplesmente olhar as vitrines na Kurfürstendamm, a rua mais chique da antiga Berlim Ocidental. Vale qualquer coisa, desde que o passeio termine no 6º andar da KaDeWe, a loja de departamentos que era símbolo do luxo e da pujança do ocidente. Esse andar é dedicado aos produtos gourmet, um deleite para os olhos, o olfato e o paladar, e é impossível passar ali sem parar em pelo menos um dos quiosques (tá, em uns dois ou três)…

P.S.: o ônibus 200 tem uma rota bem parecida com a da linha 100 e inicia o trajeto bem antes da Alexanderplatz, em Prenzlauer Berg.

De Berlim a Praga: os planos

O roteiro: os meus planos* para essa viagem incluíam Berlim – Cracóvia – Varsóvia – Budapeste – Viena – Praga. O plano original era ir para Berlim, Budapeste, Viena e Praga, mas, depois de olhar o mapa e ler um pouco sobre esses destinos, a Polônia entrou no roteiro com duas cidades. Toda essa região tem uma identidade histórica e cultural parecida (a Casa dos Habsburgos, as duas guerras mundiais, o socialismo, a queda desse regime), e achei que seria interessante condensar tudo em uma mesma viagem. 

Tinha bastante tempo para viajar, pretendia cumprir o roteiro em mais de 20 dias. No final, meu tempo foi distribuído assim: 

Berlim – 05 dias inteiros (sem incluir o dia da chegada e o da saída);

Cracóvia – 02 dias inteiros;

Varsóvia – 02 dias inteiros;

Budapeste – 03 dias inteiros;

Viena – 03 dias inteiros (talve com um pulinho em Bratislava);

Praga – 05 dias inteiros.

A ordem das cidades pode parecer meio estranha, porque, olhando no mapa, Varsóvia está mais perto de Berlim que Cracóvia, que está mais perto de Budapeste do que Varsóvia. Mas escolhi essa organização por causa dos meios de transporte entre as cidades. O que leva ao próximo tópico…

Os meios de transporte: adoro viajar de trem na Europa. Acho TÃO civilizado! Mas o meu roteiro tinha cidades bem distantes entre si. De Berlim para Varsóvia, por exemplo, eram quase seis horas; de Cracóvia para Budapeste, quase dez horas, na melhor das hipóteses (os horários estão aqui). Também não estava disposta a pegar trem noturno. Então, minha primeira decisão foi de que, pelo menos para Budapeste, eu iria de avião.

Aí, Cracóvia, que está no sul da Polônia, fica mais perto de Budapeste. Mas os vôos entre as duas cidades passavam necessariamente por Varsóvia ou por Viena ou por… Enfim, não havia vôos diretos. Além disso, pesquisando no Kayak, os preços do trecho Cracóvia – Budapeste sempre eram muito mais altos que os dos vôos partindo de Varsóvia. Também encontrei uma passagem com preço razoável de Berlim para Cracóvia, direto, uma horinha de viagem, pela Air Berlim.

Então, decidi fazer assim: de Berlim pra Cracóvia de avião; de lá para Varsóvia de trem (cerca de três horas de viagem) e depois de avião, pela LOT Polish, para Budapeste. Os demais trechos, entre Budapeste, Viena e Praga, faria de trem.

Um detalhe: os trechos de avião que passavam pela Polônia não foram lá muito baratos… É preciso pesquisar bastante! Uma dica que achei no Viaje na Viagem e que não usei, mas pode ser útil, é o Click4sky, um site de vendas de passagens da Czech Airlines, a principal companhia aérea tcheca, a preço promocional.

Passagem Brasil – Europa: comprei com a TAM. Na ida, fui de São Paulo a Berlim, via Londres (o trecho Londres – Berlim foi operado pela BMI). A volta seria Praga – São Paulo, via Frankfurt (Praga – Frankfurt, pela Lufthansa), mas acabou sendo Budapeste – São Paulo, também via Frankfurt.

Para mim, que moro no Nordeste, a primeira opção é sempre a TAP , entrando por Lisboa. Mas, se fosse voar pela TAP, precisaria fazer duas conexões na Europa, já que não abria mão de começar a viagem por Berlim, e a TAP não voa pra lá. Na volta, também precisaria fazer outras duas conexões ainda na Europa.

Quando pensei no programa de fidelidade da TAM, onde concentro minhas milhas, acabei decidindo viajar com essa empresa, apesar de o loooongo vôo partindo de São Paulo me desanimar um pouco. No final, nem foi tão ruim como eu pensava…

Dinheiro: estava pensando em me jogar no cartão de crédito nessa viagem, mas poucos dias antes de partir, a Grécia degringolou de vez, e o euro começou a subir. Então, decidi apelar mais uma vez para o Visa Travel Money. Sábia decisão! Nem sei se ganhei ou perdi dinheiro, pois não acompanhei mais o câmbio (se aconteceu, a diferença foi mínima), mas foi muito prático poder sacar dinheiro nos caixas eletrônicos de cada país nas moedas locais e não ter que me preocupar em cambiar euros a cada parada (Polônia, Hungria e República Tcheca estão fora da zona do euro).

* Como falei no post anterior, essa viagem não chegou a ser concluída, então, parte do roteiro ficou só nos planos mesmo…


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