Depois de escrever sobre Moscou, resolvi organizar este post de dicas práticas para quem está planejando uma viagem de forma independente para a cidade e também para São Petersburgo. Muitas dessas informações já estão espalhadas pelos outros posts, mas não custa ordenar tudo.
– A melhor época para viajar: marquei a minha viagem para a segunda semana de junho, pensando em fugir do frio, mas não dei muita sorte, porque peguei vários dias de chuva. Eu não escolheria ir à Rússia no inverno, pois não me dou muito bem com as baixas temperaturas – embora a paisagem coberta de neve combine muito bem com as cúpulas douradas e o colorido das igrejas ortodoxas. Li que a pior época para visitar o país é a primavera, quando a neve derrete e se transforma em lama pelas ruas, mas a Georgia deixou um comentário informando que não viu nada disso em sua viagem, feita em abril. Para mim, a maior vantagem de ter ido no começo do verão foi ter dias longuíssimos, com o sol se pondo depois das 22:00h. Se der para evitar feriados nacionais, é melhor. Meus dias em Moscou coincidiram com a semana de um feriado importante, o Dia da Rússia, comemorado em 12 de junho, e isso acabou afetando a visitação da Praça Vermelha (parcialmente fechada no dia 07.06 e totalmente fechada de 08 a 11.06, sem falar na festa propriamente dita, no dia 12.06) e do Kremlin (visitas apenas por meio de excursões).
– O idioma russo: em Moscou, é fato que poucas pessoas falam inglês, mesmo nos serviços voltados para turistas. Encontrei muitas pessoas que não conseguiam se comunicar em inglês trabalhando em restaurantes, cafés e museus, e isso não é privilégio dos mais velhos. A exceção ficou por conta do hotel, onde todos os recepcionistas falavam ótimo inglês.
A sinalização das ruas, estações de metrô e atrações turísticas é quase somente em russo. Aprender o alfabeto cirílico é essencial para conseguir se deslocar sem dificuldade, e isso é mais fácil do que parece, principalmente quando a gente para de simplesmente decorar as letras e passa a tentar entender as palavras. Não adianta tentar falar nada russo, porque, com o sotaque, você não será compreendido. Mas três palavras são realmente úteis (e todos entendem porque esperam que você as diga):
Здравствуйте (zdras-tvui-tzia) ou sua variante um pouco menos formal здравствуй (zdras-tvui): significam “olá”. É com uma dessas expressões que você vai ser recebido em todos os lugares;
Пожалуйста (pajálasta): “por favor”;
Спасибо (spâssíba): “obrigado”.
– Pesquisas na internet: durante o planejamento da viagem, é melhor consultar os sites em russo, e não em inglês, pois aqueles tendem a estar mais atualizados do que estes. Se eu tivesse feito isso, teria descoberto que o Kremlin só receberia excursões no período da minha viagem, e não visitantes independentes, e poderia ter contratado um passeio a tempo. Como só descobri essa informação durante a viagem, fiquem sem fazer essa visita… Para facilitar a tarefa, o Google Chrome faz a tradução automática das páginas.
– Transfer: contratei um transfer na minha chegada a Moscou pelo aeroporto Domodedovo, porque meu voo chegava muito cedo, às 5:00h da manhã, quando o trânsito não seria um problema. Usei a empresa Go-to.ru, bem indicada no TripAdvisor. Mas, para voos que chegam no meio do dia, usar o trem que leva ao centro da cidade é muito recomendável, porque o trânsito de Moscou é intenso (para não dizer insano). Todas as informações sobre o transporte para o aeroporto Domodedovo estão aqui. Os aeroportos de Sheremetievo e Vnukovo também têm serviços de trem semelhante.
– Dinheiro: o cartão de crédito é bem aceito nas lojas e na maior parte dos restaurantes. Para sacar rublos, usei um cartão VTM (Visa Travel Money) nos caixas automáticos espalhados por Moscou e São Petersburgo, mas também dá para usar o cartão de banco comum habilitado para saques no exterior. Nos museus e atrações em geral, não me lembro de ter usado o cartão nenhuma vez, por só aceitarem dinheiro, inclusive nas lojas dos museus. A exceção foi o Hermitage, em São Petersburgo, onde o cartão era aceito nas lojas (para comprar a entrada, não sei, porque comprei pela internet).
– Segurança: me senti bastante segura durante toda a viagem. Como viajei durante o verão, em Moscou, só começava a anoitecer mesmo lá pelas 22:00h e em São Petersburgo… bom, eram as noites brancas, em que praticamente não há noite fechada. Nessas condições, a sensação de segurança é maior. A ideia de que os russos bebem em excesso é totalmente verdadeira, vi muitos grupos bebendo pelas ruas mesmo e presenciei uma cena deprimente, de um senhor totalmente bêbado, no meio da tarde, catando comida nas lixeiras de um quiosque onde eu tinha parado pra lanchar. Mas nada causou problemas. Basta seguir o próprio caminho, que ninguém vem incomodar. Policiais corruptos pedindo propina… certamente aconteceu no passado, mas hoje isso parece ser uma lenda.
– Transporte entre Moscou e São Petersburgo: escolhi fazer essa viagem usando o trem de alta velocidade – SAPSAN – o que evita ter de se deslocar para um dos aeroportos de Moscou. A viagem foi ótima, num trem confortável, com direito a wi-fi durante todo o trajeto. A parte de venda de bilhetes no site das ferrovias russas não está traduzida para o inglês, mas isso não é problema na hora de fazer a compra, pois algumas almas caridosas que frequentam o fórum da Rússia no TripAdvisor fizeram tutoriais que permitem entender todos os passos da transação (e o Google Chrome também ajuda nessa hora). Aqui está um deles. Mas eu não consegui comprar a passagem com o meu cartão de crédito brasileiro, provavelmente por ele não ter a tecnologia Verified by Visa. Poderia ter deixado para comprar a passagem em Moscou, mas preferi garantir lugar no trem que eu queria, e usei o serviço de uma agência on-line, a Way to Russia, que, segundo as minhas pesquisas, era uma empresa confiável. Paguei uns 25 ou 30% a mais pelo serviço, mas foi o preço da tranquilidade, e tudo funcionou perfeitamente.
– Transporte urbano: quando pesquisava para essa viagem, li que os táxis não são fáceis de usar, pois não têm taxímetro, e o preço depende de uma negociação, que fica muito desfavorável para um turista que não fala russo. Além disso, qualquer carro é um táxi em potencial: se o passageiro fizer um sinal na rua, qualquer carro pode parar e negociar o preço da “corrida”, e isso não é ilegal. Deixei de lado essas opções e fiquei com o transporte público. Em Moscou, usei o metrô, já que o trânsito da cidade é lento demais para os ônibus. Esse post do TripAdvisor ensina tudo o que é preciso saber para usar o metrô de Moscou.
Em São Petersburgo, onde as atrações turísticas estão mais concentradas, quase não usei o metrô, mas usei bastante os ônibus para ir do hotel ao Teatro Mariinsky (eu fui a vários espetáculos). O pagamento do bilhete de ônibus merece uma menção especial: nunca vi um sistema mais ineficiente! Umas senhorinhas ficam circulando dentro do ônibus, e você paga a passagem a elas (convém ter o valor exato). Quando o ônibus está vazio, é fácil, mas, se estiver cheio e o seu percurso for curto, há sério risco de não conseguir pagar (e de alguém pensar que você não QUER pagar…). Sei que existe um cartão magnético também, mas não consegui descobrir como comprar e se vale a pena para turistas.
– Atravessar a rua: principalmente em Moscou, existem várias avenidas que são intransponíveis pela superfície. Melhor do que correr o risco de atropelamento é procurar uma passagem subterrânea (sempre há uma perto das esquinas). Essas passagens são bastante movimentadas e em algumas delas, há vários quiosques de lanches, roupas, eletrônicos… o equivalente aos nossos camelôs.
– Igrejas ortodoxas: nessas igrejas, a mulher deve cobrir a cabeça em sinal de respeito. Eu só visitei as igrejas mais turísticas tanto em Moscou quanto em São Petersburgo, e isso não foi necessário, mas convém ter um lenço na bolsa para evitar qualquer problema.
– Gorjetas: em geral, não se espera gorjeta para serviços pelos quais você já está pagando um preço, como motoristas, camareiras etc. Mas em hotéis de redes internacionais, os costumes já são ocidentalizados… Em Moscou, fiquei num hotel da rede Accor, e a gorjeta foi bem recebida. Em São Petersburgo, meu hotel era mais básico, de uma rede local, e a camareira simplesmente não pegava a gorjeta que eu deixava, mesmo com bilhetinho de agradecimento e tudo, pra não deixar dúvidas! Na única excursão que fiz, percebi que a maioria das pessoas não deixou gorjetas para a guia e o motorista, mas eu deixei e ela ficou muito agradecida.
– Fotografia em museus: a maior parte dos museus que visitei permite fotografar suas obras, desde que você pague um valor adicional por isso. Mas é preciso se lembrar de pedir o ingresso com a “permissão” especial, porque essa opção não vai ser oferecida espontaneamente. No Hermitage, em São Petersburgo, quem compra o bilhete pela internet já tem essa opção incluída automaticamente.
– Dicas de leitura: gosto de me preparar para uma viagem lendo um pouco sobre a história local, e alguns livros foram essenciais:
Com Vista para o Kremlin, de Vivian Oswald: é o relato de uma jornalista brasileira que viveu por dois anos em Moscou, indispensável para saber um pouco sobre as diferenças culturais entre russos e brasileiros. Parece ser uma leitura bem popular entre turistas brasileiros que visitam a Rússia, pois dois casais que conheci durante a viagem também tinham acabado o livro.
Os Últimos Dias dos Romanov, de Helen Rapapport: o título é autoexplicativo, mas, além de descrever os meses que a família do último czar russo, Nicolau II, viveu na Casa Ipatiev, em Ecaterimburgo, o livro traça um perfil de cada um dos membros da família. A reconstituição desse período é bem realista – e, por isso mesmo, um pouco ficcional -, e emocionante.
O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgakov: ouvi falar desse livro ao ler o da Vivian Oswald, e era exatamente o que eu precisava: um romance que se passa em Moscou, já sob o regime comunista (tudo o que eu conhecia da literatura russa era do período anterior, ainda durante o império, ou retratava a própria Revolução Russa…). O Mestre e Margarida foi censurado durante muitos anos. O livro tenta disfarçar suas críticas ao regime recorrendo ao realismo fantástico, mas não consegue esconder seu feitio, afinal conta a história do dia em que o diabo em pessoa resolve visitar Moscou…
Viagem a Tralalá, de Wladimir Kaminer: esse, comprei já em Lisboa, a caminho de Moscou. O autor conta histórias suas e de seus amigos, todos tentando emigrar da Rússia para o ocidente no final da era comunista. Divertidíssimo!
Os Russos, de Angelo Segrillo: comprei depois que cheguei de viagem e acabei não lendo, mas resolvi indicar porque adoraria ter lido antes. Traz um resumo da história, cultura e costumes da Rússia e de seu povo.
Ótimas dicas, Wanessa! Acho que o segredo do sucesso de uma viagem para a Rússia (e para outros lugares em que a língua é uma barreira) é o planejamento. Quando a gente está mais segura, fica mais fácil lidar com as dificuldades que aparecem. E é claro que a literatura é uma das minhas partes preferidas do planejamento. 😉 Ainda quero muito ler “O Mestre e Margarida”. Lembro que já tentei comprar algumas vezes, mas estava sempre indisponível nas lojas. Vou tentar novamente!
Oi, Camila! Eu comprei o livro na Livraria Saraiva on line. A leitura no muito fluida, talvez tenha a ver com a traduo, mas gostei muito, tem uma estranheza que to… russa! Quando voc decidir ir a Moscou, vale a pena ler.
Oi, Wanessa! Adorei o texto! Veio em muito boa hora, pois estou planejando uma viagem para a Russia no próximo ano, que teria que ser em setembro, por causa do calendário de férias…
O que você acha desta época? É verdade que algumas atrações estarão fechadas por causa do frio? É muito frio mesmo?
Desde já, obrigada pelas dicas.
Olá, Bia!
O tempo em setembro não deve ter temperaturas extremas, afinal, é só o começo do outono. Olhando as temperaturas de setembro deste ano (http://www.wunderground.com/history/airport/UUEE/2012/9/15/MonthlyHistory.html?req_city=NA&req_state=NA&req_statename=NA), me pareceu um tempo agradável. Não há risco de você pegar neve ou atrações fechadas por causa do frio. Aliás, pelo que eu li, o frio e a neve não costumam afetar muito o dia a dia dos russos. É que a temporada fria dura tanto tempo que as pessoas – e as cidades – se adaptam a essas condições.
Oi, Wanessa. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
Obrigada, Natalie!
Genial este post!! Parabens Wanessa!!
Obrigada, Ludmila!
Oláa! Tudo bem?
Primeiramente, excelente post.
Muita gente tem preguiça de ficar procurando, (eu \ô>) então é bem legal ter tudo reunido no mesmo lugar.
Nossa, mas que horas o sol nasce nesses lugares de solstício?
Provavelmente eu não iria à Rússia, embora ache lindo, mas por causa do idioma mesmo: achei impossível eu aprender, e eu tentei!
As palavras são grandes, muito bonitas, o sotaque também, mas não deu. hehehehe
E o valor cobrado para fotografar nos museus, é muito alto?
Bom, deixa eu ir logo ao assunto: trabalho com Marketing Digital, e não achei nenhum contato seu aqui, você poderia me mandar um e-mail ou algum contato seu pra eu te fazer uma proposta?
Beijos!
Obrigada pela visita, Tay, mas no tenho interesse em propostas comerciais para o blog.
Parabéns pelo post. Super bem escrito e detalhado. Sempre ouvi dizer que era muito difícil ir à Rússia sem guia, mas o teu blog tornou isso possível.
Rosane Mondino
Obrigada, Rosane!
Depois de ter ido, posso dizer que uma viagem independente é totalmente viável, pelo menos para as “capitais” (Moscou e São Petersburgo).
Wanessa, minha admiracao pela Russia foi a partir de Dr. Jivago, inicialmente pensava fazer a Transiberiana de Moscou a Vladivostok. Desisti para a viagem deste ano que ser[a para Moscou, Sao Petersburgo e Villnius, Riga e Tallin. claro ainda farei o cinturáo dourado.
Gostei muito de teu post, tens dicas para o Transiberiano, por acaso.?
Oi, Talmir!
Obrigada pela visita. Não tenho informações sobre a Transiberiana – só muita curiosidade por essa viagem também. O relato mais recente e detalhado que conheço sobre esse roteiro é o do Gustavo Belli, do blog Viajar e Pensar. O link do último post é este: http://viajarepensar.blogspot.com.br/2013/04/vladivostok-o-ponto-final-do-trem.html
adorei o post. devo ir para lá em julho. super expectativa e cheia de dúvidas. obrigada por compartilhar!
Obrigada pela visita! Se quiser dividir suas dúvidas, ficarei feliz em ajudar.
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Bom dia,
Muito legal as suas dicas. Eu e a minha familia estamos indo na mesma data que você foi, chegamos dia 12 de junho. Estou pensando em ir com o trem até san petesburgo. Você foi a Talin? Sabes como é o jeito mais facil de ir?
Muito obrigado
Oi, Luís Felipe! Entre Moscou e São Petersburgo, o jeito melhor de viajar é de trem mesmo, o Sapsan. A viagem dura 3 horas mais ou menos, e voce não perde tempo com um transfer para algum dos aeroportos de Moscou, que sao bem distantes do centro. Eu estive em Tallin por algumas horas, numa conexão do vôo Sao Perersburgo-Paris. Tive 4 horas para passear pela cidade, por isso, nem pensei em fazer planos para essa parada: peguei um taxi até o centro histórico e simplesmente caminhei pelas ruazinhas da cidade medieval, vi uma feira típica na praça e almocei num restaurante em que todo o cardápio era de pratos preparados do mesmo jeito que na Idade Media. Deu para perceber que o tema local é mesmo a Idade Media, né? Eu cheguei lá de avião, pela Estonian Air, mas a Camila, do Viaggiando, foi de ônibus. Pesquise no blog dela, que tem ótimas dicas de passeios na região. Boa viagem!
Enviado via iPhone
Adorei seu post!
Decidi hoje ir para a russia em agosto e ainda nao to com nada planejado, so mesmo expectativas.. Bom saber q da para viajar de forma independente.. Se vc puder dar mais algumas dicas, agradeceria muito!
Muito obrigada!
Oi, Flávia!
Obrigada pela visita! Deixe suas duvidas aqui que vou tentando responder, ok?
Oi Wanessa.
vou ler tudo com a maior atenção, pretendo ir a Rússia no dia 13 de outubro,estou insegura em relação ao frio .
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O que mais me preocupa é a língua, Como vc aprendeu a alfabeto cirílico, existe alguma tabela de conversão …
há alguns dias já estou pesquisando sobre a Rússia e fiquei feliz em encontrar suas dicas.
quantos dia devo ficar em Moscou,,,,e em St Petersburgo….
obrigada e parabéns , vc realmente está facilitando a vida de muitas pessoas que desejam ir pra lá. bjo.
Ol, Valria! Obrigada! Eu usei uma tabela de “converso” que encontrei na internet mesmo, buscando no google. No guardei o endereo. Se voc fizer uma busca, vai encontrar vrias. Fiquei uma semana em cada uma das cidades. Claro que, se voc no tiver tanto tempo disponvel, em 3 ou 4 dias, j vai conseguir ver as principais atraes de cada cidade. Mas, com mais tempo, pode ir alm dos cartes postais. Em outubro, voc j vai pegar um clima mais frio, mas nada que um bom casaco no resolva!
Wanessa, que bom que existem pessoas como vc que se dispôem a ajudar os viajantes com as dicas tão importantes. Vou a Moscou, S. Petersburgo e Helsink em agosto. É verão e vc acha que devo levar lã, já que às vezes o tempo nos surpreende. Eu vou estar em grupo, o que me alivia da língua. Vou usar suas dicas para as horas livres.
Oi, Lourdes!
Os blogs são minha principal fonte para planejar uma viagem, então, acabo querendo colaborar com o planejamento dos outros!
Sobre a sua pergunta: eu viajei no mês de junho, nem era alto verão, e não levei lã. Levei uma jaqueta de couro, que protegia da chuva e do vento, e 2 suéteres de malha de algodão. Foi o suficiente para o “frio” que peguei (as temperaturas mínimas estavam em torno de 15, 16 graus, mas durante o dia, era mais para 18, 20 graus). Também levei um blaser comum, que uso aqui no Brasil mesmo, e varias blusas leves. Para a parte de baixo, jeans. Este ano, as temperaturas na Europa andam mais baixas, mas, para julho, eu levaria uma mala semelhante. Se você for fazer cruzeiro, procure se informar sobre o tipo de casaco que eles recomendam, pois no mar, pode ter mais vento.
Wanessa, boa tarde. Devemos ir a Moscou e St. Petersburgo dia 24 de setembro. Estoamos em duvidas em relacao a estadia em Moscou. Minha 1 opcao seria realmente ficar proximo a Pra ca Vermelha mas tb vi a regiao da Arbat e me pareceu bem interessante. Vc acha que 4 noites em cada cidade sao suficientes para ser te uma ideia delas? Chegaremos em Domodedovo as 17h. Acho que um trem ate o hotel nao deve ser muito dificil, nao? Ou seria melhor um transfer agendado? Na regiao da Praca Vermelha, que hotel vc indicaria?
Obrigado,
Marcelo
Olá, Marcelo!
Eu queria me hospedar perto da Praça Vermelha, mas achei os preços meio altos. Alias, o problema nem eram propriamente os preços, mas a relação custo x beneficio: hotéis antigões, mas com preço de novo. Por isso, optei por um hotel novinho em Arbat. Na Praça Vermelha, cheguei a reservar um quarto no Hotel Budapest, o mais baratinho da região, mas que parece estar precisando de uma boa reforma… Como não cheguei a me hospedar, essa é apenas uma dica, não uma recomendação. Leia as criticas do Tripadvisor ou do Booking pra saber o que esperar.
Setembro já é começo de outono, a temperatura começa a esfriar, mas ainda não será tempo de neve. Você pode olhar as medias históricas de temperatura em sites como wunderground.com ou weather.com.
Eu optei por um transfer do aeroporto, por conforto mesmo, já que cheguei bem cedo – 5:00h – e não queria colocar à prova meus conhecimentos de russo nessas condições. 🙂 Chegando às 17:00, talvez eu também optasse pelo trem expresso, inclusive, por causa do transito, que é caótico em Moscou. Da estação de trem – acho que é a Kievskaya? – seguiria de taxi ou metro mesmo.
Os 4 dias que você programou serão suficientes para ver as principais atracões de cada cidade. Procure estudar bastante cada destino, para aproveitar bem o seu tempo!
Pois e, estamos namorando o hotel National? Acha que vale a pena o gasto?
Marcelo, o Nacional é um hotel histórico (é um dos destaques do art nouveau em Moscou). Só por isso, eu já ficaria muito tentada a me hospedar nele. Fui olhar o site deles e os quartos parecem confortáveis. E sem carpete no chão (pra mim, é um ponto muito positivo)! Sobre a localização, nem é preciso falar: não pode haver melhor!
O Nacional está fora da faixa de preço das minhas hospedagens normalmente. Para comparar, simulei reserva no National e no Mercure Arbat, onde me hospedei, para o mesmo período em setembro, e a diferença foi de uns 70,00 euros por dia.
Eu leria os reviews do Nacional para tomar uma decisão consciente, mas gostei do que vi no site.
Obrigado Wanessa, mas a intencao e ficar em um hotel realmente bem localizado. E me pareceu que Moascou nao e muito facil para se locomover de taxi. Como o hotel fica na rua principal e em frente a Praca Vermelha, me pareceu tambem um local tranquilo para se andar a noite, passear pela Thaverkaya, enfim. Me diz, por favor, outra coisa, quais pontos turisticos deve se visitar alem de todos os monumentos do Kremlin? Sera que da estacao onde para o trem do aeroporto, e facil pegar um taxi ate o hotel?
Obrigado,
Marcelo
Marcelo, não usei taxi em Moscou, exatamente pela “dificuldade”. Não é que não haja taxis, mas o preço da corrida tem de ser combinado antes e, sem conhecer a cidade, fica difícil saber o que é justo ou não e acabamos ficando vulneráveis. Em São Petersburgo, ainda peguei um táxi na chegada, porque sabia mais ou menos o preço que deveria ser cobrado da estação de trem até o meu hotel e pude “negociar” (escrevendo) o preço.
Tenho uma vaga lembrança de, no mesmo site que vendia o bilhete de trem do aeroporto para a cidade, já haver uns pacotes “trem+táxi”. Eu compraria um desses, porque aí não tem dificuldade com o preço e provavelmente já haverá carros credenciados para prestar o serviço combinado.
Felizmente o sistema de metrô de Moscou é ótimo, eu usei bastante e recomendo. Sem o metrô, você vai limitar muito os passeios, porque Moscou é gigante e tem muita coisa para fazer que não estão a uma distância caminhável da Praça Vermelha.
Para definir as atrações a visitar, sugiro que você consulte antes um bom guia de viagem (eu usei o Lonely Planet), para ver tudo o que há à disposição e escolher o que lhe interessa mais. Você pode ler os outros posts sobre Moscou aqui do blog e ver o que eu fiz (vai ver que nem consegui visitar o Kremlin…). Se surgirem dúvidas específicas sobre algum passeio, deixe aqui, que tentarei ajudar.
Complementando: me senti muito segura em todos os lugares por onde andei em Moscou. Eu estava sozinha nessa viagem. Fui ao teatro e voltei para o hotel usando metrô por volta das 22:00h (ainda não era noite fechada, porque em junho, o dia era muito longo). Até esse horário, as ruas e estações estavam sempre bem movimentadas.
Outra coisa, a temperatura nesta epoca deve ser baixa mas nada insuportavel, certo?
Alias, desculpe, obrigado pela resposta!
Oi Wanessa,
Estou aqui novamente, irei para Moscou dia 13 de julho e gostaria de algumas informações:
Ficarei 3 dias como tem muita coisa para ver, fiquei um pouco perdida o que você me aconselha?
Vacinas você tomou alguma?
Grata
Lille
Oi, Lille!
Moscou tem muita coisa interessante para ver mesmo, mas as únicas atrações imperdíveis são a Praça Vermelha e o Kremlin (vale dizer que eu nem consegui entrar no Kremlin…).
Se você me disser quais são seus interesses, posso sugerir. Fico com receio de fazer sugestões sem saber um pouco do seu gosto, porque Moscou é o tipo de cidade que tem atrações para atender todo tipo de interesse. Eu mesma deixei de ir em vários lugares mais conhecidos para visitar com calma alguns museus de arte (que provavelmente muitos achariam dispensáveis…).
Não tomei nenhuma vacina especificamente para essa viagem, mas sou vacinada contra febre-amarela, e o cartão internacional de vacinação mora dentro do meu passaporte!
Oi Wanessa,
Obrigada pela atenção, a viagem a Russia é um sonho antigo.
Eu gosto de artes, história e musica, acertei uma guia para Moscou mas depois que li o que você escreveu fiquei mais encorajada em fazer só, até o metrô, a guia diz que seria interessante fazer com ela por causa da história. O guia que foi mencionado como encontra-lo? Quanto ao dinheiro dolar rublos..quanto? Alimentação é caro? O que é o cartão internacional de vacinação? Penso que é so!
Grata
Lille.
Lille, não entendi muito bem sua dúvida sobre o guia, pois não contratei ninguém em minha viagem. O único guia que usei foi o Lonely Planet de Moscou! 🙂
Acho que contratar um guia pode ser bastante interessante, se você quer informações detalhadas sobre os lugares que vai visitar, mas se estiver pensando em contratar alguém só por receio de fazer os passeios sozinha, não é preciso mesmo.
Não tenho como falar sobre o valor necessário para a viagem, pois essa questão depende muito das suas escolhas pessoais (passeios, restaurantes, meio de transporte). Se você já visitou outras grandes cidades na Europa, como Londres ou Paris, pense em gastos semelhantes. Usei cartão de crédito e débito (VTM), fazendo saques diretamente em rublos nos caixas eletrônicos.
O cartão de vacinação internacional você emite junto aos postos da Anvisa.
Sobre os passeios: uma das minhas prioridades em Moscou era visitar museus de arte, então, fui em duas unidades da Galeria Tretyakov e recomendo. O Museu Pushkin de Belas Artes também é interessante (visitei só um dos prédios dele), mas acho que vale mais a pena ir às galerias Tretyakov, que são dedicadas à arte russa.
Se o tempo estiver bom, não deixe de fazer um passeio de barco pelo Rio Moscou no fim da tarde, quando já estiver cansada de andar. É ótimo ver a cidade por outro ângulo. Do mirante em frente à Universidade de Moscou também garante uma linda vista da cidade.
Apesar de a história de Moscou ser riquíssima, não foi o meu foco. Mas há vários museus que você pode visitar. Verifique os sites dos que lhe interessam mais para ver se tem informações em inglês no local. Se não tiver, contratar um guia vai ser importante para aproveitar esses passeios. Se você tem interesse em algum escritor russo, pode verificar se existe algum museu dedicado a ele na cidade (várias casas onde viveram grandes escritores russos abrigam museus atualmente).
Sugiro que você leia os demais posts que escrevi sobre a cidade e, se surgirem dúvidas sobre esses passeios, pode perguntar que vou respondendo.
Oi Wanessa,
O guia era o Lonely Planet.
O museu do Hermitage, li nos posts que você recomendou, você fez a visita em um dia só ou dois?
Quanto a Tsarkoye Selo, Pal Catarina e Peterhof como você fez?
Grata
Lille,
Sobre São Petersburgo, não escrevi posts, por isso, não tenho muitas informações aqui no blog.
O Hermitage: o museu é enorme, e mesmo com dois dias, não tive tempo de ver tudo com calma. Estava muito lotado – acho que especialmente na época da minha viagem, que era período de férias -, e a quantidade de gente circulando atrapalha um pouco a experiência. Você pode comprar um ticket que vale por dois dias seguidos, mas eu não fiz assim. Fui ao museu um dia, pra ver os setores que mais queria visitar, e resolvi que, se me desse vontade de ver mais, voltaria um segundo dia. Acho que dois dias seguidos fica meio cansativo. Então, acabei comprando duas entradas simples. Voltei ao museu em um dia de muita chuva, que não conseguiria aproveitar outros passeios.
Lembre-se de comprar a entrada pela internet antes, mesmo que seja logo antes de ir pro museu, porque há filas. Comprando pela internet, você recebe por e-mail um voucher e fica numa fila específica, bem menor. Quando o portão abre, você se dirige aos guichês e troca o voucher pela entrada. Nesse momento, você pode acrescentar ao seu bilhete um tour pelas coleções de joias dos czares. Há dois tours: um pela Golden Room, e outro, pela Diamond Room. Eu escolhi o segundo e achei que valeu muito a pena, mesmo tendo de organizar o meu dia em função do horário desse tour.
Para visitar o Peterhof, fui sozinha mesmo. Peguei o barco no cais que fica atrás do Hermitage. Comprei o bilhete de ida e volta na hora mesmo. Lá, passei o dia visitando o parque. Não me interessei para entrar no palácio propriamente dito, mas conversei com alguns brasileiros que entraram e eles falaram que foi bem simples, é só prestar atenção no horário da visita.
Tsarkoe Selo foi o único lugar que decidi visitar com excursão, e acho que foi uma boa escolha. Contratei o passeio quase na hora, na frente do Gostiny Dvor, um centro comercial na Nevsky Prospect. Chegando lá, você vai ver que tem algumas agências oferecendo passeios variados. Conversei com os guias sobre as opções, dias e horários. Fiz isso logo que cheguei na cidade e, no dia escolhido, apenas cheguei um pouco antes da hora marcada e comprei o bilhete. O grupo não era muito grande, umas 18, 20 pessoas. Mas lá estava lotadíssimo! O passeio por dentro do palácio foi num ritmo calmo – até por causa da quantidade de gente -, e tivemos o tempo necessário para fazer fotos. No final, tivemos uma meia hora para dar uma volta pelos jardins do palácio. Acho que, dos tours desse tipo que já fiz, esse foi o melhor, porque não me deu a sensação de ter sido corrido. Acho que teria conseguido me deslocar com facilidade de São Petersburgo a Tsarkoe Selo, mas não sei se teria tirado bom proveito da visita ao palácio sem ter um guia, por isso, recomendo a excursão.
Se ficou alguma dúvida, fique à vontade para perguntar.
Bom dia… lí seu bloq, mas você não falou nada sobre a internet. Gostaria de saber se nos hotéis, bares ou restaurantes existem Wifi com facilidade e se existe, como se faz para digitar a senha, já que o idioma (letras) não são iguais ao nosso alfabeto.
Abraço.
Olá, Fernando! Foi bem simples usar a internet. A oferta de wifi nos cafés é ampla e, nos meus hoteia, era incluída na diária. As senhas eram sempre em caracteres ocidentais. Nao tive nenhum problema para conseguir conexão onde ela estava disponível.
Olá, Wanessa! Parabéns pelo seu blog! Está uma graça! Devo embarcar para Moscou em agosto e gostaria de maiores dicas para uma srª que se interessa a respeito de museus, igrejas, ballet… e que vai só. Devo lhe dizer tb que passarei em São Petersburgo e gostaria de saber se existem golpes para brasileiros (como o golpe do anel em Paris). Sabe como é, “seguro morreu de velho, né?” risos. Se puder me mandar um e-mail seu, e pudermos trocar maiores experiências (uma vez em que sou viajante “solitária” há alguns anos), agradeço muitíssimo! 😉
Um grande abraço, boa sorte nas suas viagens e consequentes viagens!
Olá, Maria!
Não tive problemas com segurança na Rússia, nem presenciei esses golpes contra turistas. Pode até haver, mais eu não vi (como presenciei algumas vezes em Paris esse golpe do anel que você falou, mas não é só pra brasileiros, não! :-)). Em geral, não vi muito assédio aos turistas. Me senti bem segura durante toda a viagem.
É uma pena que, durante a sua viagem, não haverá apresentações do Ballet Bolshoi (acho que esse é o mês de férias por lá). Eu não gostei muito da apresentação deles, mas recomendaria a ida nem que fosse só pra ver o teatro por dentro! Em São Petersburgo, pode ser que você consiga ver o Mariinsky, que eu adorei e acho imperdível: http://www.mariinsky.ru/en/playbill/playbill/
Não tenho problema em lhe passar um e-mail, mas realmente preferia que a nossa conversa acontecesse aqui no blog, porque essa troca de ideias acaba ajudando quem passa por aqui depois em busca de informações sobre o mesmo destino. Então, se você puder, deixe suas dúvidas aqui que vou respondendo, ok?
Estou começando a planejar uma viagem à Rússia, e seu blog tem sido muito útil. Tenho dúvidas a respeito dos vôos. Devido à distância, e não ter vôo direto, em sua opinião, o que fazer para minimizar o desconforto da ida e da volta. Pretendo começar por São Petersburgo e voltar por Moscou. Agradeço suas dicas.
Elias, essa viagem é bem cansativa mesmo…
A estratégia que usei foi quebrar a viagem na chegada à Europa, fazendo uma parada de um dia, pelo menos, na cidade da conexão.
No meu caso, não deu tão certo assim, porque a cidade da conexão era Lisboa, que ainda está muito distante de Moscou, meu primeiro destino na Rússia, o que resultou em dois vôos longos em dias próximos. Além disso, o vôo Lisboa – Moscou acabou sendo também um vôo noturno, o que deixou tudo mais cansativo. Mas, se você escolher bem a cidade para fazer a conexão, acredito que poderá se beneficiar muito dessa estratégia.
Na volta, foi muito mais fácil, pois, além de estar voando para oeste, o que facilita a adaptação ao novo fuso horário, acabei quebrando a viagem com alguns dias outra cidade da Europa antes de retornar ao Brasil.
Se estivesse planejando essa viagem agora, buscaria uma cidade para onde pudesse fazer um vôo direto do Brasil e da qual conseguisse fazer um vôo também direto (e diurno) para São Petersburgo (ou Moscou, dependendo do caso). Acho que Madri, Frankfurt e Paris atendem a esses critérios, mas teria de pesquisar pra ter certeza.
Wanessa, muito obrigado. Sua informação é relevante.
Oi Wanessa, adorei seu post!
Obrigada pelas informações, porém gostaría de saber sobre a imigração russa, sabe como faço para conseguir a carta convite?
Oi, Tatiane! Brasileiros nao precisam de visto para viajar a turismo para a Rússia por até 90 dias. Então, voce só precisa se preocupar com visto se a finalidade de sua viagem for outra (presumindo que tenha passaporte brasileiro! 🙂 ).
Gostei do post. Eu estudei na Rússia e sou apaixonada pelo país. Recomendo também o livro “Menos que um” de Brodski, para aqueles que querem saber um pouco mais sobre a cultura e literatura russas.
Wanessa, boa tarde. Post lindo! Suas impressões e dicas são perspicazes e utilíssimas. Pensamos, eu e meu marido, visitar Moscou em janeiro (2014) – pleno inverno. Apenas arranhamos alguma coisa em italiano, espanhol e inglês, mesmo assim, estamos animados (e vc tem parcela nessa animação). Que conselhos sobre língua (comunicação) e sobre o frio pode, ainda, nos dar?
Obrigada, Neide!
Sobre o clima, não posso falar, pois fiz questão de visitar o país no verão. Mas tenho certeza de que você vai ver paisagens lindíssimas! As cúpulas douradas das igrejas ortodoxas combinam muito com a brancura da neve. Eu tenho vontade de voltar lá no inverno só pra ver esse cenário, mas não sei se tenho coragem!
Planeje bem o que levar na mala e também considere, na hora de planejar os passeios, que os dias no inverno são bastante curtos.
Sobre a língua, realmente não tenho nada mais a acrescentar. Mas não falar inglês definitivamente não é motivo de preocupação na hora de visitar a Rússia!
Não usei casas de câmbio em Moscou. Levei um cartão VTM em euros e fiz saques em rublos. Os caixas eletrônicos estão espalhados pela cidade inteira e é fácil sacar dinheiro já na moeda local. Para evitar a taxa que se paga para converter os euros depositados no VTM para rublos, talvez valha a pena habilitar o próprio da sua conta aqui do Brasil para fazer saques no exterior. A taxa de conversão hoje está 1 real = 14 rublos. Você pode consultar no site Oanda (pode também baixar um app para o celular fazer essa conversão). Moscou tem a fama de ser uma cidade bem cara, mas eu confesso que não achei tanto assim, não. Os custos são compatíveis com os de cidades como Londres e Paris. Com essas informações, acho que já dá para você estimar os gastos.
Se surgirem outras dúvidas, continuo por aqui!
Neide, ainda. Em relação à moeda (equivalência, onde trocar, preço praticado no dia a dia em Mosocu, quanto levar). Gratissima
Wanessa, irei em maio. S. Petersburgo e Moscou são as cidades que visitarei. Seu blog ajudou muito na preparação. Além de cartão, qual moeda é mais bem aceita? Euros ou USD? Entre as cidades usarei o SAPSAN, há limite de peso e volume para a bagagem? Coloca-se a mala no mesmo vagão em que vou viajar?
Obrigada, Elias!
Não usei outras moedas além dos rublos na Rússia. Não sei se o comércio aceita outras moedas normalmente, mas, se tivesse de dar um palpite, diria que não! Então, temos as opções de câmbio em geral: levar essas moedas e trocar por rublos ou sacar direto da conta corrente ou do VTM (cartão pré-pago).
Quanto ao Sapsan, não sei se há limite de peso, mas existe pelo menos o limite do que vc consegue carregar! 🙂 Você mesmo embarca com as malas e procura um lugar para elas no bagageiro do trem, de preferência, ao alcance dos olhos!
Tenham cuidado com a Rússia. A máfia está no sistema e não nas ruas. Cuidado com hotéis, restaurantes, postos de turismo e evitem a polícia. Façam seguro de viagem para prevenir problemas de saúde e muito cuidado com o álcool, pois a maior parte da vodka servida é puro veneno, não é por acaso que é na Russia onde morre mais gente por consumo. A educação humana é precária, vi novos batendo em velhinhos, atropelo e fuga, gente machucada no chão e ninguém querendo saber…De resto, apreciem a Rússia que é, sem dúvida, um país com gente muito diferente.
Olá, Rui,
Felizmente, minha experiência de turista na Rússia foi bem diferente do relatado por você. Não me senti insegura em nenhum momento. Fiquei em um hotel de rede internacional em Moscou e em um de uma rede local em São Petersburgo, e não vi nada lá que pudesse indicar uma ligação com atividades ilícitas. Todas as vezes que tentei conseguir alguma informação, fui muito bem tratada, seja em locais que estão acostumados a lidar com turistas, como museus e hotéis, seja na rua mesmo. A maior barreira é realmente a língua. Voltarei sem dúvidas à Rússia!
Oi Wanessa. Obrigado pelas dicas. Muito legal! Pretendo finalmente ir pra Russia em Maio ou Setembro de 2015. Não vi ninguém falar em alugar carro lá. Geralmente é o que faço quando viajo, mas pela dificuldade da língua imagino que seja melhor esquecer essa idéia, concorda? Será que tem alguma coisa legal entre Moscou e St. Peters? Uma dica que eu dou sobre livros é “Children of the Arbat”, que conta os primeiros anos do comunismo de uma perspectiva da juventude (e a decepção com as injustiças. Foi best-seller e é ótimo. Minha irmã leu em português e acho que chama “Filhos da rua Arbat” ou algo assim. Pelo que sei a Rua Arbat hoje é uma das ruas mais chiques de Moscou.
Olá, Roberto! Obrigada pela dica de leitura, fiquei muito interessada. A rua Arbat não tem um comércio muito sofisticado hoje. Ela é cheia de lojinhas de souvenirs e às vezes tem uma feira de livros usados. Você também vai encontrar muitos artistas de rua por lá e vários cafés e restaurantes. É um lugar bem turístico. Fiquei hospedada do lado dessa rua e achei uma ótima escolha de lugar para ficar em Moscou. Sobre aluguel de carro, deve ser difícil entender as placas nas estradas, em cirílico, mas talvez um GPS ajude. Nem pensei em dirigir por lá, pois não tenho hábito de alugar carro em viagem, mas a Luísa, do Arquivo de Viagens, fez isso em 2008. Deixo aqui o relato dela: http://www.arquivodeviagens.com/dirigindo-na-russia/. Aliás, acho que você deveria ler todos os posts dela sobre a Rússia, pois são inspiradores! Ela visitou vários lugares diferentes que você pode tentar incluir no seu roteiro.
Oi Wanessa, tenho uma viagem agendada para Rússia exatamente nas datas que vc mencionou, do aniversário do país. Eu entendi que o Kremlin e arredores só permitem visitas agendadas por excursões? É isso mesmo? E a Praça Vermelha fica bloqueada? Não é possível nenhuma visitação ao entorno? Desde já agradeco, e parabéns pelo blog!
Alguém indo para a Rússia em 08/05/2015? Quero ficar 3 dias em Moscou até dia 11/50 e fiz reserva no Ibis. Quero ver as comemorações do dia da vitória na II Guerra. Ainda não comprei a passagem. Depois quero rodar por itália, Aústria e Alemanha.
O meu conselho é que você compre pela Alitalia, que tem os melhores preços. Cuidado na imigração italiana, eles tem um processo bastante desagradável com brasileiros, coisa que não vi na Rússia.
Eu tenho passagem comprada para Helsinque e, de lá, pretendo ir para Moscow exatamente no dia 8 de maio. Eu não sabia que as comemorações do dia da vitória na II Guerra são nesta época. Já fiz reserva em um hotel perto da Tverskay (esqueci o nome, posso passar depois), mais em conta que o Ibis e me pareceu melhor.
Chegaremos exactamente día 08 de maio 2015 no navío Regal da Princess.pretendemos ficar até dia 11 quando pegaremos o trem para Moscou permanecendo até dia 14 quando voltaremos para Brasil. Somos 3 casais com idade entre 60 e 65 anos. Quero saber se preciso comprar as passagens de trem antecipadamente….gostaria de contratar um guia que falasse português para um tour em SAN Petersburg e um em Moscou.Você poderia me indicar alguém de seu conhecimento?
Ainda, não reservei hotel também…..
Como contratar transfer do Porto para o hotel?
Eu chegarei dia 18.
Sou nordestino, de Fortaleza, e visitei a Rússia no inverno. Se até uma “babushka” se dá bem no inverno, em alguns casos até de meia, então não sou eu, cabra macho, que vou amarelar diante do inverno russo.
É muito agradável estar no frio, você pode carregar peso e andar rápido que não vai suar, basta estar bem agasalhado e ter boas luvas para touchscreen, pra não ficar tendo que deixar as mãos nuas quando estiver fazendo -15. O melhor foi poder cavalgar em plena neve.
Sobre o comentário do Rui não é verdade essa história de “evitar a polícia”. Falei com vários policiais no metrô de Moscou e pedi informações ao DPS (a polícia de trânsito), todos os policiais russos foram bem educados, alguns até usaram o celular para me dar informações. A melhor cena foi em Ulyanovsk, quando eu estava na estação de trem percebi no canto da vista dois policiais virem em minha direção. O mais antigo se apresentou como sargento e falou que o outro era soldado. Disseram que o trem que eu procurava (para Kazan) já estava aguardando e até me ajudaram a carregar minha bagagem!
A vodka russa não é “puro veneno”, ela tem sabor e pude apreciá-la com amigos da Bulgária, não me embriaguei. A educação não é “precária”, no metrô de Moscou eu vi vários jovens cedendo o assento para idosos. Também não vi atropelo, vi motoristas bastante respeitosos até.
Não sei em que país o Sr. Rui esteve, mas esse DEFINITIVAMENTE NÃO FOI A RÚSSIA!
Parabens pelo post. Sou carioca e casado com uma Russa. estarei chegando em Moscou dia 18/05/2015 . Estou muito animado , minha esposa foi criada desde os 4 anos nos EUA, conheci outros russos nos EUA e sao pesoas boas , mas bem diferentes de nos Brasileiros.
ESPANSIBA. RSRSRS
Olá Wanessa! Amei seu blog. Vou pra lá em Setembro/Outubro, e seu texto me ajudou bastante! Para S. Petersburgo não tem como ser uma viagem de 1 dia, né (rs)? Acho que ficará pra uma próxima!!! Bj
Tatiana,
Setembro e outubro podem ser uma época ótima para ir a São Petersburgo porque os turistas já não são muitos e a cidade fica realmente cheia deles no alto verão. Por outro lado, pode fazer um friozinho que exiga mais que um casaquinho, mas um casaco com boa proteção para o frio nunca é demais.
Um dia é muito pouco para São Petersburgo. A cidade é linda. Tem muitas atrações históricas, os museus são impressionantes e as estações de metrô levam você a qualquer lugar. Os ônibus e os chifrudinhos também levam a qualquer lugar.
Mas se você só tiver um dia, comece por um tour em um ônibus de dois andares (http://www.redbuses.com/hop-on-hop-off-bus-st-petersburg/), faça uma visita rápida ao Museu Hermitage, passeie pela Nevsky Proskekt e, se der tempo, assista ao içamento das pontes sobre o rio Neva.
Eu sou suspeitíssima porque estou obcecada pela Russia. Não penso em morar lá e deixar minha família brazuca por aqui, mas gostaria de passar seis meses por lá.
E uma última dia, decore os sons do alfabeto cirílico e você irá perceber que muitas palavras tem o mesmo som que em português, embora a escrita seja totalment diferente. Decore também algumas saudações básicas, como bom dia, boa noite, olá, como vai, obrigada, desculpas. Os russos gostam de ouvir o estrangeiro, mas não falam nadica de nada de outro idioma, Um ou outro jovem fala um inglês sofrível, Qualquer dúvida, pode me perguntar.
bjs.,
Laura
Exija …
Desculpas os erros tipográficos. nâo dá para editar.
Ola, gente! Eu estou a escrever uma tese na área do turismo, e é muito importante para mim obter opiniões que os brasileiros têm em relação ao destino Rússia. Por favor, preenche um questionário, você vai ajudar-me muito! Beijinhos e abraços! http://goo.gl/forms/aW50Y05ahX
Olá.. estamos indo em 2 casais da Polonia até Russia (Moscow) e precisaríamos de dicas para alugar caro e fazer todo trajeto ida e volta de carro)….